quinta-feira, 2 de julho de 2009

( 'Tema de Redaçào - ANAC - 2007 )

Ler ou não ler, eis a questão

Não existe estudo científico que comprove, mas há uma percepção disseminada a
respeito da geração atual: ela não gosta de ler. A constatação parte dos professores. Eles se
queixam de que só com muito esforço conseguem obrigar seus alunos a ler os clássicos da
literatura.

Os pais endossam a percepção de repulsa dos jovens pelos livros. Reclamam
freqüentemente que os filhos padecem de falta de concentração e, por isso, não são capazes de
ler as obras básicas para entender a matéria.

Por que isso acontece? O que faz uma geração ler e outra fugir dos livros? Há diversas
explicações, mas todas acabam convergindo para um mesmo ponto.

Quando as pessoas recebem a informação mastigada — na televisão, nos gibis, na
Internet —, acabam tendo preguiça de ler, um ato que exige esforço e reflexão. Os canais pelos
quais os jovens se informam nos dias de hoje são múltiplos. O livro é apenas um deles. E é o
mais trabalhoso. Diante desse quadro, os educadores são unânimes em um ponto: as armas de
estímulo à leitura precisam ser modernizadas.


Considerando as idéias do texto acima como condutoras dos aspectos básicos a serem discutidos,
redija uma dissertação, posicionando-se acerca da questão proposta no título do texto e propondo, caso queira, alguma estratégia para a resolução do problema, segundo a postura assumida.

Quando o assunto é leitura, não podemos generalizar dizendo que os jovens não gostam de ler. Se isso fosse verdade, os jovens não leriam artigos na internet a respeito de seus assuntos favoritos como games, gibis e assuntos relacionados à internet e nem escreveriam blogs!

Antes de afirmar que há um desinteresse do jovem pela leitura devemos pensar que houve uma evolução nos padrões de comportamento, uma modificação radical nos assuntos, na objetividade com que estes são abordados e – principalmente - na linguagem.

O jovem de outrora, que gostava de ler os clássicos, vivia ainda na mesma realidade em que estes mesmos clássicos haviam sido escritos; compartilhava dos mesmos interesses daquela época e “falava” o mesmo idioma dos clássicos em questão. O mesmo não acontece com o jovem de hoje. Basta olhar um dicionário da lingua portuguesa de 20 anos passados e ver quantas palavras foram incluídas em nosso vocabulário e que, até então, eram desconhecidas.

A vida muda, os costumes mudam... Hoje em dia, para que o jovem de hoje goste de ler, ele deve encontrar livros que falem sua língua, que estejam inseridos no seu contexto de vida, que expressem suas angústias e seus interesses. As angústias e interesses dos jovens de hoje diferem daquelas do jovem de 20, 30 anos atrás. E, ainda que fossem as mesmas, seriam expressas de forma diferente.

Concluindo: Acredito que o jovem de hoje tenha tanto interesse – ou até mais – em leitura.
Mas, então, por que ele não lê os clássicos? Simples! Porque não acha interessante. Porque há outros assuntos mais atuais, como tecnologia, gentética, com linguagem atual, mais dinâmica.

Acredito que deve existir uma renovação, uma evolução. É compreensível. Toda cultura passa por isso. Um dia, o que hoje é clássico pode deixar de ser. E, outra obra, outro estilo irá tomar o seu lugar.

by Roberta :-)

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